Sec. Mulheres:

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Coordenadoria de Politicas Publicas para Mulheres realiza:

Iniciaremos o " Projeto Mil homens pela paz"

Seguem alguns detalhes sobre o projeto Mil  homens pela paz - Campanha do Laço Branco .Sintam-se convidadas a nos ajudar a mobilizar homens e   ficar com a gente nesta jornada de  30 horas, de agosto à dezembro.

A Tabela de horário,local e  data já estão consolidados.

Objetivo Geral

O objetivo geral é criar condições para que homens reflitam sobre a construção social e histórica da masculinidade, identificando a forma como a violência é construída entre os homens, assim como as consequências desse comportamento para os próprios homens, mulheres, crianças e sociedade em geral.

Objetivos Específicos

  • Sensibilizar homens sobre as implicações resultantes da violência cometida contra as mulheres em suas próprias vidas e a de outros homens e oferecer propostas que visem mudar suas atitudes e comportamentos frente às mulheres;
  • Descobrir as identidades masculinas como produto sociocultural;
  • Identificar as consequências e as influências pessoais, familiares e sociais relativas a esta construção;
  • Descobrir o sistema sexo-gênero como produtor dos papéis de gênero;
  • Identificar os elementos que constroem e sustentam a masculinidade hegemônica;
  • Analisar a influência do exercício do poder na vida das mulheres e dos homens;
  • Propor mudanças nas relações de gênero.

Datas:

14 de Agosto: 9h às 12h – Aula 3 – Local: Casa do Idoso Sul
14h às 17h – Aula 4 – Local: Urbam – Torrão de Ouro

14 de Setembro: 9h às 12h – Aula 5 – Local: Secid
14h às 17h – Aula 6 – Local: Casa do Idoso Norte

16 de Outubro: 9h às 12h – Aula 7 – Local: Secid
14h às 17h – Aula 8 – Local: Secid

27 de Novembro: 9h às 12h – Aula 9 – Local: Fundhas

5 de Dezembro: 9h às 12h – Seminário de Encerramento – Local: Secid

ENDEREÇOS

Casa do Idoso Centro: Rua: Euclides Miragaia, 508 – Centro

Casa do Idoso Leste: Rua Cidade de Washington, 164, Vista Verde

Casa do Idoso Sul: Avenida Andrômeda, 2.601, Bosque dos Eucaliptos

Urbam: Torrão de Ouro: Estrada Municipal José Augusto Teixeira, nº 400 – Torrão de Ouro 2

SECID: R. Aurora Pinto da Cunha, 131 – Jd. América – Pq. Industrial

Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres .

"Há necessidade de se promover a igualdade para que toda a sociedade seja livre"
Amelinha Teles

 

Vamos nos qualificar?

Edital para Seleção de Alunos do Curso à Distância Impactos da Violência na Saúde, coordenado pelo Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (ENSP/FIOCRUZ).

Este Curso é oferecido a profissionais do Sistema Único de Saúde, gestores e profissionais da atenção. O objetivo é propiciar o desenvolvimento de competências conceituais, comunicativas, interpessoais, técnicas e políticas dos participantes em relação ao impacto da violência sobre a saúde, de forma a auxiliá-los na atitude e/ou postura frente às pessoas que vivenciam situações de violência,fomentando ainda o crescimento do poder de reflexão sobre as melhores medidas de vigilância, prevenção, atendimento das vítimas e gerenciamento de ações.

As inscrições estão abertas no período de 16 de junho a 15 de agosto e serão oferecidas 540 vagas pelo site http://www.ead.fiocruz.br/_downloads/edital720v24.pdf

Vara da Violência Doméstica de SJCampos teve um defensor designado, trata-se de Júlio Camargo de Azevedo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

E se o Papa fosse uma Mulher?

Dirceu Benincá

Por Instituto Humanitas Unisinos (IHU)

Não soaria absurdo que uma mulher fosse Papisa, como não o seria que outras mulheres tivessem o direito a ser cardeais, bispas, sacerdotisas, diaconisas... Não seria absurdo que a Igreja fosse mais democrática em todas as suas instâncias e possibilitasse direitos iguais entre homens e mulheres. Direitos não só de presença e de coordenação de alguma pastoral, mas de decisão e ocupação das mais diversas funções na hierarquia, escreve Dirceu Benincá, teólogo e sociólogo.

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Eis o artigo.

A notícia da renúncia do Papa Bento XVI tomou o mundo inteiro de surpresa. O caso inusitado provocou pronunciamentos, manifestações e reflexões em diversas direções. Umas demonstrando tristeza, outras incompreensão, outras ainda alegria pela atitude humana, prudente e coerente do Papa. As razões oficiais apresentadas e aquelas eventualmente não anunciadas, mas que teriam contribuído para essa decisão, estão a merecer ampla análise no mundo católico e fora dele.

O fato adquire contornos e impactos especiais por se tratar de uma instituição milenar com forte tradição em torno da figura do Papa. O exame dos caminhos trilhados pelo papado na Igreja, sobretudo pelos últimos papas, e, especificamente a análise do perfil, da trajetória e do legado de Bento XVI, vem acompanhado de especulações, previsões e expectativas acerca de quem será o novo Papa. Neste sentido, entre outros importantes artigos, destaco um escrito pelo especialista no assunto, o teólogo Leonardo Boff, intitulado “Que Papa esperar que não seja um Bento XVII?”

Diante dos fatos e das circunstâncias, é fundamental refletir sobre a estrutura da Igreja tendo por base as primeiras comunidades cristãs. A propósito, o título deste texto traz uma provocação estrutural. Creio não ser possível pensar a função do Papa desvinculada da estrutura da Igreja e do contexto de modernidade avançada em que nos encontramos, com seus múltiplos desafios. O Papa é um elemento constituinte da conjuntura da Igreja, mas, ao mesmo tempo, com poder para fomentar a manutenção ou a alteração de bases estruturantes da própria Igreja.

Na atual estrutura eclesial parece inconcebível, por exemplo, imaginar a possibilidade de termos no comando geral da Igreja uma mulher. Não se trata de discutir o desejo, as condições ou a capacidade de alguma mulher no mundo ser Papa, ou, no caso, Papisa. O fato seria inédito, a não ser que a Igreja admitisse como realidade e não como lenda a existência da Papisa Joana da Idade Média. Então, ao sair fumaça branca na chaminé do Vaticano, a Igreja poderia proclamar de maneira amplamente inovadora: Habemus Papisa.

O que pode parecer algo totalmente fora de cogitação ou em pleno desacordo com a doutrina, não seria, contudo, um absurdo ou uma aberração. Não mesmo, ainda mais em se pensando na quantidade de mulheres que fazem a Igreja acontecer na prática. Não seria absurdo também se considerássemos a necessidade da Igreja, enquanto instituição histórica, caminhar no compasso do mundo moderno, que garantiu às mulheres direitos políticos, sociais, econômicos, culturais.... Que lhes possibilitou não só o direito de votar, mas também de serem eleitas para os mais altos postos, inclusive da Presidência de Estado.

Não soaria absurdo que uma mulher fosse Papisa, como não o seria que outras mulheres tivessem o direito a ser cardeais, bispas, sacerdotisas, diaconisas... Não seria absurdo que a Igreja fosse mais democrática em todas as suas instâncias e possibilitasse direitos iguais entre homens e mulheres. Direitos não só de presença e de coordenação de alguma pastoral, mas de decisão e ocupação das mais diversas funções na hierarquia. Do mesmo modo, a muitos já não parece absurda a superação do celibato obrigatório e a recondução de padres casados a funções ministeriais para animar a vida das comunidades e dos diferentes serviços pastorais.

Não seria absurdo igualmente que os papas e, eventualmente, as papisas fossem eleitos por um período não superior a dez anos, como exemplificou ser possível o próprio Bento XVI. Se a um bispo, que lhe cabe uma responsabilidade infinitamente menor que a de um Papa, é exigido que entregue a função de titular de sua diocese aos 75 anos, porque não aplicar o mesmo princípio ao Papa? Essa contradição exige, logicamente, que os papas ou papisas eleitos sejam mais jovens. E isso não soaria nada absurdo, já que o somatório de idade traz consigo uma série de limites humanos.

Ainda não seria absurdo imaginar que os futuros papas ou papisas fossem escolhidos em forma de rodízio, contemplando cada vez um continente ou região do mundo católico. Ter-se-ia, assim, uma real expressão de colegialidade, democracia e dinamismo na Igreja. Se, em tese, todos os cardeais têm o mesmo poder de representação, tal ideia não incorre em absurdo e inconveniente. Afinal de contas, a democracia e a representatividade não é um valor de menor importância para a sociedade e para as nações em geral. Por que haveria de sê-lo para a Igreja de Cristo?

Enfim, não se constitui em absurdo que a Igreja dê um ou vários passos adiante, sem, contudo, desviar-se de sua mais nobre missão que é contribuir na construção do Reino de Deus. A opção preferencial pelos pobres, a espiritualidade profético-libertadora, a promoção da dignidade e da fraternidade humana, o fortalecimento da justiça, da paz e da igualdade e o cuidado com a Mãe Terra estão em perfeita sintonia com os vários desafios estruturais que a Igreja tem à sua frente. Se, um dia, uma mulher chegar a ser Papisa, quiçá tenhamos enfrentado também outros importantes desafios. Avançar nessa direção: eis a grande questão...

Fonte: CEBI

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Rede Feminista defende uma plataforma para as conferências de saúde e da mulher. Documento será divulgado em todo o país

Estão em curso no país duas importantes conferências nacionais entre as treze convocadas pelo governo federal para este ano: a 14ª Conferencia Nacional de Saúde e a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Ambas são construídas a partir de encontros municipais e estaduais, para em novembro e dezembro culminarem em Brasília/DF. A Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, entidade com presença em todo o país, está propondo uma plataforma a ser defendida pelo movimento de mulheres em todo o Brasil e a partir desta semana faz lançamentos e apresentações através de suas conselheiras nacionais de direitos e lideranças pelo país. O boletim - Saúde e Direitos das Mulheres - defende a prioridade para as políticas destinadas a ampliar a presença das mulheres no poder e políticas de saúde com ênfase na integralidade e respeito aos direitos sexuais e reprodutivos, que considerem as desigualdades de gênero, de raça/etnia, de orientação sexual e geracional. O acesso equitativo de todas as mulheres, em especial das mulheres negras, ao sistema de saúde e a manutenção do SUS público são destacados entre as 17 propostas da Entidade.

Plataforma com lançamento no Rio de Janeiro - Nesta sexta-feira, 17/06, a plataforma, com suas prioridades, será apresentada durante a reunião plenária do Conselho Estadual da Saúde pela conselheira do Conselho Nacional de Saúde - CNS - e coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher – CISMU, a médica sanitarista Maria do Espírito Santo Tavares dos Santos - Santinha que é coordenadora da Regional Rio de Janeiro da Rede Feminista de Saúde. O evento será na sede do Conselho, Rua México, 128 - 5º andar - Centro/Rio de Janeiro, no horário das 9h às 14 horas. Nesta ocasião, Santinha Tavares fará ampla defesa desta ação da Rede “que deverá ser utilizada nas 92 conferências municipais, como uma ferramenta para instrumentalizar os (as) candidatos (as) às vagas de delegados para a Conferência Estadual de Saúde e Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres”. A coordenadora da Regional RJ acrescentou que é de fundamental importância que “as pessoas saibam qual o significado da saúde integral das mulheres e, também, sobre os direitos sexuais e direitos reprodutivos, como direito humanos”.
Em Brasília, documento será apresentado na SPM – A conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Rosa de Lourdes Azevedo dos Santos, doutora em Saúde Pública, coordenadora da Regional São Paulo, apresentará nesta sexta-feira,17/06, este documento que “defende a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos como temas de primeira grandeza” no encontro preparatório da 3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, na sede da Secretaria Nacional de Política para as Mulheres - SPM. A Rede Feminista de Saúde integra a comissão organizadora desta conferência, cuja reunião preparatória se desenvolverá das 10h às 17 horas. Na tarde de hoje, 16/6, a plataforma “Saúde e Direitos das Mulheres” foi divulgada na Audiência Pública que ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo que tratou do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres que não foi implantado na totalidade dos municípios paulistas. Em suas intervenções, Rosa de Lourdes lembrou do lançamento, realizado em 2010 nesse mesmo local, da Campanha Ponto Final na Violência contra as Mulheres e Meninas. Segundo ela, a campanha é uma ação que vem ao encontro do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência pelo seu aspecto inovador que é eliminar a aceitação social de todas as formas de violência contra as mulheres nos diversos níveis sociais.
Porto Alegre e Belém/Pará - A Plataforma que aponta, entre seus primeiros princípios, “a garantia de atenção à saúde integral e aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, do campo e da cidade, de todas as raças e etnias”, teve sua apresentação em Porto Alegre nessa quarta-feira, 15/06, no Seminário Estadual para Formação de uma Rede de Cuidados à Mulher para o enfrentamento do HIV/Aids e Violência. Ainda na capital gaúcha, este documento será defendido na plenária do Conselho Municipal de Saúde e durante os processos preparatórios das Conferências Municipais e Estadual da Mulher.

Na região Norte do país, em Belém, Pará, a plataforma Saúde e Direitos das Mulheres será levada a quatro importantes eventos regionais: o Fórum Estadual de Defesa do SUS, na reunião preparatória da Marcha das Margaridas, da Comissão de Saúde da Mulher do Conselho Estadual de Saúde e na reunião que traça estratégias para o fim do tráfico de pessoas como forma de violência à mulher. A Rede Feminista de Saúde tem à frente da coordenação regional Marta Giane Machado Torres, enfermeira, ativista feminista da saúde, mestranda do Núcleo de Medicina Tropical.Alguns pontos que vem sendo defendidos pela Rede Feminista Saúde nas conferências:

a) Reforma política para ampliar o número de mulheres em espaços de poder e decisão;

b) Políticas públicas articuladas, não familistas, capazes de auxiliar no empoderamento das mulheres, fomentando sua autonomia em todos os campos;

c) Manutenção do SUS público, efetivamente eqüitativo e universal, acessível a todas as mulheres;

d) Financiamento de políticas públicas para as mulheres, em especial para a área da saúde, com a garantia da atenção integral à saúde das mulheres lésbicas, idosas, jovens e em privação de liberdade.

e) Implementação da política nacional de saúde integral da população negra em todos os níveis - nacional, estaduais e municipais;

f) Respeito às decisões sexuais e reprodutivas das mulheres, a descriminalização e a legalização do aborto; implementação dos serviços de atendimento à violência sexual e ao aborto legal; garantia do planejamento reprodutivo acessível e não discriminatório;

g) Cumprimento dos Planos de Enfrentamento à Feminização da Epidemia de HIV e Aids.

h) Fim da violência e respeito aos direitos humanos das mulheres

i) Concretização da separação do estado e da religião, assegurando a livre expressão religiosa.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sociedade

...Sexo é da vida. Amor (romântico) é egoísta, é do indivíduo.. ...O mundo não é feito de vítimas. Todo mundo negocia. Alguns negociam bem, outros mal. Mas cada um sabe o mínimo que seja quanto vale aquilo que quer. E sabe até onde vai para conseguir o que quer... ...Quando vejo uma mulher falando mal do seu homem e colocando todas as culpas da vida dela nele, eu sei que ela só está se escondendo atrás de uma história que a sociedade estabeleceu como verdade. Mesmo as mulheres mais modernas são incapazes de colocar seus filhos para lavar suas cuecas, uma louça ou fazer uma comida. Ela cria esse homem que depois acaba considerando um grande diabo. Fonte:Leite, Gabriela: Filha, Mãe, avó e PUTA.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma Mulher Presidenta do Brasil

Queridas amigas, companheiras e colegas ,
Este ano é um ano muito importante para todas nós, mulheres.
Este Dia Internacional da Mulher é celebrado com muito orgulho pelas mulheres brasileiras.
Podemos discordar ou não politicamente de nossa presidenta, mas não podemos ignorar o fato de termos uma MULHER na Presidência da República. Esse grande acontecimento é apenas mais um passo em nossa luta pela IGUALDADE.
SIM, apenas um passo. Um passo importante, mas apenas um, porque ainda temos muitas barreiras para superar.
Pesquisa divulgada no final de fevereiro deste ano pela FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO, em parceria com o SESC, nos dá conta que 68% das mulheres estão felizes com o fato de ser mulheres.
Na mesma proporção, 68% dos homens também estão felizes em ser homens.
É provavelmente a primeira e única estatística em que os percentuais são idênticos ou até semelhantes, porque em qualquer outra comparação dos gêneros, a desigualdade predomina.
Dilma Rousseff, apareceu na lista das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo que o jornal britânico The Guardian elaborou nesta terça-feira por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
A revista Forbes também publicou a lista das mulheres mais influentes do mundo. Michelle Obama encabeça a lista. Além dela, estão relacionadas Oprah Winfrey, Hillary Clinton, Lady Gaga, Ângela Merkel, Michelle Bachelet, Carla Bruni, e por aí vai. Ao lado de cada uma, além de seu cargo, havia a descrição de seu estado civil, número de filhos e com quem é casada. Na lista paralela, a dos homens mais influentes, estes dados não foram incluídos. Por que será?
Quantos comentários nós ouvimos, após a posse da nossa presidenta, sobre suas roupas ou seu estilista? Sobre o fato de estar sozinha ou acompanhada na cerimônia? Quantas piadas de mau gosto temos que ouvir a respeito de uma mulher presidenta? E ainda, fazer de conta que achamos engraçado?
O jornal americano American Journal of Political Science publicou uma pesquisa sobre o trabalho das mulheres na política norte americana e descobriu que as mulheres são mais eficientes. Num país onde as mulheres ocupam em média, 16% dos cargos tanto no Executivo como no Legislativo, elas são mais eficazes em conseguir dinheiro para suas campanhas, propuseram mais leis e estavam envolvidas em mais iniciativas, conseguiram mais apoio no Congresso do que seus colegas de sexo masculino, e ainda, mais apoio público para seu trabalho.
E qual a explicação para este resultado? Ou as mulheres são melhores, coisa que eu não acredito. Ou simplesmente, as mulheres têm que se esforçar mais para demonstrar que são competentes, o que leva, obviamente, a melhores resultados.
Em 2000, a ONU exigiu que todos os países incluíssem MULHERES em suas comissões e grupos de trabalho destinados à solução de conflitos. Exemplos do importante papel desempenhados pelas mulheres, não faltam. Na Libéria, a Organização de Mulheres foi um dos fatores mais importantes para o fim da guerra civil, assim como no Tratado de Paz, no norte da Irlanda, em 1998. O mesmo ocorreu na Nicarágua, onde mais mulheres entraram nas forças armadas, diminuindo a violência no país. Na Espanha, Grupos Femininos de Diálogo foram criados pelo governo com a intenção de superar as diferenças regionais. Em Israel, um dos movimentos mais importantes que levou à retirada das forças armadas do sul do Líbano, foi o Movimento das Quatro Mães , e o grupo mais antigo contra a ocupação na Palestina, é conhecido por Mulheres de Negro . Na Argentina, nem precisamos mencionar as Mães da Praça de Maio .
A Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO , publicou relatório informando que a igualdade de oportunidades no campo pode reduzir a fome no mundo. Se as trabalhadoras rurais tivessem os mesmos direitos e salários que os homens, a fome, que atinge mais de um bilhão de pessoas, diminuiria em cerca de 20%.
Nos EUA, cresceu o número de mulheres que ganham mais de 100 mil U$ por ano. Opa! Finalmente, boas notícias! Houve um aumento de 14%. Agora, uma em cada 18 (dezoito) mulheres americanas ganha mais de 100 mil U$ por ano. No caso dos homens, a proporção é de um para cada 7 (sete). De qualquer forma, o número está aumentando. Fiquei feliz, mas apenas por um breve momento. Foi quando eu li, que a Universidade da Flórida, instituição que fez a pesquisa, descobriu que a porcentagem cresce quando se trata de mulheres magras e diminui para as mulheres gordas. O mesmo não acontece no caso dos homens, já que o percentual continua mais ou menos igual.
É claro que a obesidade é um problema de saúde pública. Mas posso contar nos dedos o número de mulheres satisfeitas com seu peso. Hoje em dia, meninas de 9 anos ou menos já fazem regime, preocupadas com a aparência.
E isso nos leva de volta a nossa presidenta e à preocupação da imprensa com sua dieta, se está mais inchada, menos inchada, se emagreceu, ou se engordou na campanha.
Fico feliz, claro, tivemos uma abertura para as mulheres na política, mas por favor senhoras, todas devem estar sempre bem vestidas, de salto alto, e magras. Não esqueçam de cuidar da família e de seus filhos. E de saber cozinhar, bem... e de lavar e passar as camisas dos maridos antes de sair para o trabalho.
A Newsweek publicou recentemente um grande número de matérias sobre as mudanças na sociedade e o crescimento da participação feminina. A maior parte dos artigos tratava de como estão se sentindo os homens diante destas mudanças. Um deles questionava sobre a alimentação, pois como as mulheres estão trabalhando fora, os hábitos alimentícios deterioraram e por isso houve uma piora na saúde publica. Essa é uma das explicações para a epidemia da obesidade nos EUA.
Ao longo do século 20, e até antes disso, não faltam exemplos de mulheres presidentas, governantes e ministras. Catarina Paraguaçu foi a primeira mulher alfabetizada no Brasil, que no século 16 questionou os jesuítas quanto a escravização dos negros. Ana Pimentel administrou a capitania de São Vicente de 1534 a 1544. Brites de Albuquerque, no mesmo período assumiu a direção da capitania de Pernambuco.
No mundo, considera-se a presidente da Mongólia, que assumiu o governo em 1953, como a primeira mulher presidente. Mas não podemos esquecer as muitas e fortes rainhas ao longo da história. Ou de Evita Peron, a primeira mulher presidente de uma República, ou recentemente, da Primeira Ministra da Islândia, que foi a primeira mulher Líder de Estado a se assumir gay e a se casar com sua companheira. No século 20, foram aproximadamente 70 mulheres Líderes de Estado. Atualmente, existem 17 países liderados por mulheres.
Eu só espero que alguém esteja cuidando da alimentação dos filhos e maridos destas mulheres!
Em entrevista para a TV americana, Condoleezza Rice, a ex-Secretária de Estado do governo Bush, foi perguntada se é romântica. Em seguida, perguntaram o que ela iria cozinhar naquele dia quando chegasse em casa. Em outra entrevista, perguntaram a Hillary Clinton, a atual Secretária de Estado, qual é seu designer de roupa preferido. Ela replicou se a entrevistadora faria a mesma pergunta para seu marido.
É claro que estou feliz por termos uma mulher presidenta e torço muito para que ela consiga ser a melhor presidenta de nosso país. Apoio, não por ser mulher, mas por ser cidadã. Espero que esse caminho que nossa presidenta está seguindo abra as portas não só para as mulheres e sim para todos os cidadãos, sem discriminação de raça, sexo, orientação sexual ou nível econômico, para termos lideranças livres de preconceitos. Que essas lideranças sejam o exemplo para nossa sociedade. Porque nossa luta como mulheres não é só uma luta de gênero, é uma luta por uma sociedade sem discriminação, uma sociedade justa e igualitária para todos.
E é com este desejo que saúdo a nossa presidenta e todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher e convido a participar de nosso evento a ser realizado no próximo dia 26 de março, no Teatro Gazeta, intitulado LIDERANÇAS FEMININAS .

fonte:Fabíola Marques
Presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Uma mulher Presidente do Brasil


Qual seria o verdadeiro significado do Brasil ter eleito uma Mulher para presidente do Brasil?

Acredito que possamos analisar sob vários aspectos mas algo que pra mim tem grande significado é a maturidade do "Povo Brasileiro".

Uso a palavra "povo" no seu verdadeiro significado. Não foi a elite que elegeu Lula presidente por duas vezes e não foi a Elite que elegeu Dilma presidente.

Foi a população pobre!

A liderança religiosa não conseguiu manipular seus "inocentes" seguidores.

A Elite com seu discurso intelectual não conseguiu manipular a "inocência" popular.

A Hipocrisia das falsas promessas como salário mínimo de R$ 600,00 ou o uso da acusação defesa do aborto não conseguiu manipular o "voto popular".

Estamos longe da maturidade socialista, porém, nos distanciamos ainda mais da manipulação oligarquica!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Licença Maternidade de seis meses



Chegou à Câmara, em 11 de agosto, a PEC 515/10, aprovada em 3 de agosto pelo Senado. A proposta prorroga obrigatoriamente a licença-maternidade de quatro para seis meses. A PEC, de autoria da senadora Rosalba Ciarlini (DEM/RN), garante a licença de 180 dias a todas as mães, independente de pedido de prorrogação ou adesão de empresas. A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, se aprovada, será analisada por comissão especial, a ser criada especificamente para esse fim. Depois, seguirá para o plenário, onde precisará ser votada em dois turnos. Atualmente, a Lei da Empresa Cidadã, Lei 11.770/08, já oferece incentivos fiscais para empresas privadas que estenderem a licença maternidade por dois meses. A empresa que opta pelo programa pode deduzir do imposto devido o total da remuneração integral da empregada, pago no período de prorrogação da licença-maternidade.

Salário de trabalhadoras chega a ser 72% menor que o de homens

Ao analisar dados, de 2009, da Relação Anual de Informações Sociais – Rais, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reconheceu que “as empresas estão contratando mais mulheres porque é mais barato”. Quanto mais baixa a escolaridade, mais baixo é o salário e mais alta é a rotatividade no emprego. Mas, mesmo entre trabalhadores com curso superior completo, o salário médio de mulheres, R$ 2.919,99, difere 72% o dos homens, que chegam a receber R$ 5.019,49. Uma minoria de empresas remunera suas funcionárias com salários acima da média masculina. Mesmo entre as pessoas do mesmo sexo, os negros ganham menos que os brancos. A maior disparidade ocorre entre os rendimentos médios de negros e brancos com nível superior completo. Os salários médios dos negros representam 70,68% do rendimento dos brancos. Pela Rais, é no Distrito Federal onde se paga o maior salário médio do país, R$ 3.445,06, três vezes mais que a renda de R$ 1.130,31, na Paraíba, e mais do que o dobro da média nacional, de R$ 1.595,22.

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