Sec. Mulheres:

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Sindminérios apoia o Coletivo de Mulheres Trabalhadoras do Vale do Paraíba

Uma das lutas apoiadas pelo Sindminérios é a do Coletivo de Mulheres Trabalhadoras do Vale que há anos está organizado, contando com companheiras de movimentos sindicais e sociais para combater o machismo.
Aqui entrevistamos a Ana Paula, integrante do Coletivo:
Ana Paula hoje qual é a maior luta das mulheres?
Contra a violência sem duvida, a cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de violência, estamos nas marcas de bebidas e carros como objeto de degustação, violentadas e assassinadas, levadas para outros países como produto de consumo.
No Vale do Paraíba a violência contra a mulher cresce e a cada dia cresce também a conivência e a hipocrisia daqueles que dizem defender a vida. Lutamos a anos em São José dos Campos para a implementação da Casa Abrigo e o prefeito se nega a construí-la. A prefeitura possui mais de 50 milhões em caixa e não investe na população carente.
E o Governo Federal o que tem feito de concreto?
Nada de concreto. Mulheres morrem por serem trabalhadoras e não terem acesso a um serviço público digno e a métodos contraceptivos. Pelas ruas da cidade, nas praças e escadarias das igrejas, crianças vagam sem casa, sem pais, sem comida e morrem sem completar 10 anos de vida.
O Sistema Capitalista conta com o Estado que através dos governos promovem uma série de reformas que tem o único objetivo de diminuir o valor do nosso trabalho.
No Brasil o governo Lula prepara reformas com esse objetivo. Na Previdência dizem que é preciso igualar a idade entre homens e mulheres para aposentadoria. O que chamam de privilégio é um direito das mulheres garantido através da luta, pois nessa sociedade o serviço doméstico é imposto como uma tarefa exclusiva das mulheres e dessa forma a maioria absoluta das mulheres sofre com a dupla jornada. O ministro da Previdência amplia o machismo presente na sociedade ao dizer que as mulheres jovens que recebem pensões são privilegiadas, porque ao invés de receberem esse auxilio deveriam procurar um novo marido.
Além disso, os empresários pressionam e o governo Lula se apressa em realizar uma reforma trabalhista que possa flexibilizar e acabar com direitos como a licença maternidade, que para os patrões é um direito que atrapalha seu processo de exploração.
Se você se interessar em participar do Coletivo procure o sindicato no fone 12 3923-2577 ou entre em contato pelo email do nosso site.

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